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A realidade do mercado de trabalho para pessoas com deficiência


Apesar de 25% da população brasileira ser formada por pessoas com deficiência, somente 1% das carteiras assinadas no país é composto por esse grupo.
“Trabalhar em um ambiente inclusivo onde eu consigo desempenhar um papel importante na vida dos meus colegas e clientes faz com que eu me sinta parte do mundo”. As palavras são de Alexandre Costa, desenvolvedor e MVP (Most Valuable Professional) da Microsoft.
Alexandre é cego. Aos 28 anos, ele perdeu totalmente a visão após um glaucoma evoluir para a cegueira total. O desenvolvedor faz parte dos mais de 45 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência – quase 25% da população total do país, segundo dados do IBGE.
Apesar disso, somente 1% do total de carteiras assinadas no Brasil é composto por pessoas com deficiência. Essa parte da população ainda encontra muitas dificuldades e barreiras para conseguir trabalhar e isso se deve, em grande parte, à falta de serviços disponíveis para esse grupo, como tecnologia da informação, comunicação, justiça ou transporte, e aos muitos obstáculos que enfrentam em sua vida cotidiana.

Para Alexandre, a maior barreira a ser vencida é a do preconceito e desinformação. “Existem muitos recursos para ajudar na inclusão de profissionais com deficiência, mas eles são pouco conhecidos. Infelizmente, ainda há muito preconceito relacionado a essa questão, o que dificulta ainda mais nossa entrada no mercado de trabalho”, afirma Costa.

Alexandre Costa, desenvolvedor e Most Valuable Professional da Microsoft (Foto:  Microsoft Brasil)
De acordo com a pesquisa Expectativas e Percepções sobre o Mercado de Trabalho para PCDs, realizada pela consultoria i.Social, pessoas com algum tipo de deficiência encontram duas vezes mais dificuldades para entrar no mercado do que as que não têm deficiência.Além da baixa oferta de vagas, existe um forte índice de resistência por parte das empresas em contratá-las.
A mesma consultoria realizou outro estudo que indicou os principais obstáculos inerentes ao processo de inclusão no trabalho. Em primeiro lugar, foi apontada a “falta de acessibilidade” (59%), seguida de “foco exclusivo no cumprimento da cota” (46%), “baixa qualificação das PCDs” (40%) e “falta de preparo dos gestores” (35%).
Mas o que é importante para PCDs na hora da busca por uma vaga de emprego? Um ambiente de trabalho inclusivo e acessível é um dos grandes atrativos. Esse item, no entanto, caminha sempre junto com opções como salário, plano de carreira e pacote de benefícios.
Diversidade no ambiente de trabalho
Muito se fala sobre a importância de as empresas promoverem a diversidade no seu quadro de funcionários e em suas ações. Em um relatório publicado pelo LinkedIn com os principais mindsets de recrutamento para 2018, o Global Recruiting Trends, foi constatado que 78% dos profissionais de RH acreditam que diversidade é a principal tendência para a contratação de novos colaboradores nesse ano.
Mas por que esse tema é a bola da vez para todos os tipos de empresa? Porque a diversidade só traz benefícios. Por exemplo, a consultoria McKinsey analisou a relação da diversidade étnica com o desempenho financeiro em mais de mil empresas, em seis países. Os dados mostraram que as empresas com maior diversidade em suas equipes executivas têm 33% mais propensão à rentabilidade, enquanto aquelas com menos diversidade étnico-cultural são 29% menos propensas a essa rentabilidade do que as outras.
Os ganhos não são só em resultados financeiros, mas em colaboração também. Um estudo da DDI World com mais de 2 mil empresas em 54 países analisou lideranças e constatou que esses profissionais têm duas vezes mais chance de trabalhar de forma colaborativa e de criar novas soluções e oportunidades quando estão em um ambiente diverso. A avaliação indicou ainda que esses líderes não têm habilidades diferentes da média, apenas as usam de maneira diferente.
Por fim, a diversidade também faz com que a empresa represente melhor seus consumidores. Com experiências variadas em uma mesma equipe, há um maior número de ideias e soluções para os produtos e um constante questionamento sobre se eles realmente atendem a todos os clientes que poderiam atender.
Para Camila Marinho, tester de acessibilidade em uma instituição financeira e deficiente visual, é sempre um desafio e uma dificuldade quando uma solução é pensada sem levar em consideração a acessibilidade. “Tentar utilizar um site, por exemplo, e não conseguir porque quem o desenvolveu não se preocupou com acessibilidade é frustrante. No trabalho também. As ferramentas internas das empresas quase nunca são acessíveis e isso é um forte implicador no que diz respeito à empregabilidade para a pessoa com deficiência”, afirma Camila.
Pequenas e médias empresas podem ser inclusivas?
Muitos empreendedores têm a impressão de que ações de diversidade e inclusão somente são possíveis em multinacionais e grandes corporações. Mas isso não passa de um mito. Ter um quadro de funcionários pequeno facilita na maior proximidade e facilidade para compartilhar dificuldades e criar laços, tanto dentro do escritório quanto com os clientes.
Para Alessandro Bueno, líder de acessibilidade na Microsoft Brasil, a empresa também pode criar processos simples para analisar com seus profissionais se eles têm as ferramentas corretas para executar suas tarefas. “Em alguns casos, uma boa dica é criar parcerias com empresas de tecnologia assistiva para dar consultoria de melhorias e com outras que avaliam o ambiente de trabalho para encontrar pontos de risco ou de ajustes”, sugere Bueno.
Por definição, segundo a i.Social, tecnologia assistiva é o conjunto de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com algum tipo de deficiência, incapacidade ou mobilidade reduzida, podendo variar de uma simples bengala a um sistema computadorizado. No ambiente corporativo, as tecnologias assistivas ajudam a trazer mais autonomia e produtividade para os profissionais com deficiência física, auditiva ou visual que precisam de ajudas técnicas para realizar seu trabalho de forma mais rápida e prática.

Além de uso da tecnologia certa, outras dicas como adaptar o processo de contratação e promover um diálogo inclusivo também ajudam na hora de criar um plano para ter uma maior representatividade de pessoas com deficiência no quadro da colaboradores.Confira o infográfico “Como criar um ambiente de trabalho inclusivo?” e conheça outras maneiras de criar uma empresa com mais inclusão e acessibilidade!

Empoderando pessoas a alcançar mais
Já sabemos que a tecnologia capacita pessoas de todas as habilidades e cria o ambiente certo para colaborar, comunicar e produzir. Por isso, a Microsoft se preocupa em sempre criar tecnologias que reflitam a diversidade de seus colaboradores e clientes para, dessa forma, seguir viabilizando a sua missão: empoderar cada pessoa e organização do mundo a alcançar mais.
Em maio desse ano, a Microsoft anunciou o lançamento do AI for Accessibility, um programa de cinco anos com investimento de 25 milhões de dólares para colocar ferramentas de inteligência artificial nas mãos dos desenvolvedores a fim de acelerar o desenvolvimento de soluções inteligentes e acessíveis com o objetivo de beneficiar mais de um bilhão de pessoas com deficiência em todo o mundo.
Avanços da inteligência artificial oferecem um enorme potencial, permitindo que pessoas com visão, audição, cognição, aprendizado, incapacidades de mobilidade e condições de saúde mental especiais alcancem e produzam mais em três cenários específicos: emprego, vida moderna e conexão humana.
FONTE. MSN

Nova versão do PJe traz melhorias para a acessibilidade de deficientes visuais



Versão 2.3 foi desenvolvida com apoio de servidores com deficiência visual da Justiça do Trabalho.
Visando garantir que o sistema seja totalmente acessível às pessoas com deficiência visual, a versão 2.3 do Processo Judicial Eletrônico (PJe) trouxe algumas novidades para tornar mais simples o uso da ferramenta por elas.
Com o apoio de servidores cegos do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO), o programa ganhou teclas de atalho que têm o objetivo de aperfeiçoar a acessibilidade dos usuários.
A técnica judiciária do TRT da 18ª Região Monique Rabelo, que é cega, vem ao CSJT durante uma semana por mês para testar os recursos de acessibilidade e sugerir melhorias. O servidor Rafael Carvalho, do CSJT, que também tem deficiência visual e atua na Coordenadoria Técnica do PJe (CTPJE), é um dos desenvolvedores da ferramenta e o responsável por atualizar o programa a partir das sugestões feitas por usuários.
De acordo com o coordenador nacional do PJe, juiz Fabiano Pfeilsticker, a versão 2.3 foi preparada para que os leitores de telas usados por pessoas cegas possam entender todos os elementos do programa. “Toda a versão está sendo preparada para que uma pessoa com deficiência visual, guardadas as devidas limitações, seja capaz de operar plenamente o sistema”, disse.
Confira a reportagem produzida pela TV TST sobre a nova versão do PJe:


Software para pessoas com paralisia cerebral será apresentado na Grécia


Um estudo pioneiro em Santa Catarina, sobre a usabilidade de uma interface cérebro-computador aplicada a pessoas com paralisia cerebral, realizado por pesquisadores Universidade do Vale do Itajaí (Univali), e Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), será apresentada, na 10ª Conferência Internacional sobre Tecnologias Pervasivas Relacionadas a Ambientes de Vida Assistida (PEtra, na sigla em inglês), que ocorre, entre os dias 21 e 23 de junho, na Ilha de Rodes, na Grécia.
A pesquisa, de autoria de Alejandro Rafael Garcia Ramirez, professor e pesquisador do Programa de Pós-graduação em Computação Aplicada (MCA/Univali), em parceria com Jéferson Fernandes da Silva, pesquisador do MCA/Univali, e a Ana Carolina Savall, da FCEE, apresenta dados sobre o desenvolvimento de um sistema chamado de Interface Cérebro-Computador, que vem sendo utilizado na FCEE por pessoas com múltiplas deficiências.
O sistema é formado por um hardware em formato de fone de ouvido com sensores para a região frontal do cérebro e um software desenvolvido pela equipe do MCA/Univali. Na parte física do equipamento, sensores captam expressões, como piscar de olhos ou levantar a sobrancelha, enquanto o software traduz a captação destes movimentos para formar palavras e frases.
O mecanismo é fruto de diversas pesquisas realizadas em conjunto pelas duas instituições, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). As instituições vêm trabalhando conjuntamente, desde 2012, para o desenvolvimento de soluções de comunicação para crianças que sofrem de paralisia cerebral e enfrentam desafios ocasionados por distúrbios motores, especialmente casos complexos, quando a comunicação só é possível por meio de movimentos oculares e o piscar, bem como por meio de pequenos movimentos nas mãos e nos pés.
Mais informações: (48) 3247-8233/99102-9107, com Alejandro Rafael Garcia Ramirez, professor e pesquisador do Programa de Pós-graduação em Computação Aplicada da Univali.

Que tal uma Luva que ajuda tetraplégicos a manuseio de objetos!


Olá, Meu nome é Carolina. Designer Industrial, eu quero que conheçam um produto de minha autoria para ajudar todas as pessoas com tetraplegia que não podem mover os dedos, com lesões c4-c5-c6-c7-c8, reabilitados ou em processo de reabilitação, que poderá ser mais autônomo através deste produto. 
Eu os convido a votar para neste produto para que possa ser lançado e ajudar todas as pessoas com este tipo de lesão. Veja o Projeto e Vote Aqui! Click

O Que é essa Luva?




Multi é uma luva que simula a força e a pinça para segurar objetos do cotidiano, de modo que as pessoas com alta lesão medular (tetraplegia) podem ter maior autonomia e executar novamente atividades como a escrita, comer ou escovar dentes, por si só. 
Quadriplegia é uma condição causada por uma lesão cervical (8 primeiros ossos e nervos) da coluna, deixando 4 paralisia dos membros e da mobilidade, dependendo do grau de dano. 
A maioria das pessoas com tetraplegia não podem mover os dedos, incapazes de pegar um lápis, escovar os dentes ou assinar um documento, e portanto ser dependente em todas as atividades da vida diária. 
Multi apenas o auxilia reforçando movimentos perdido, através de uma luva, lançado especialmente para este segmento da população, concedendo maior autonomia possível em suas vidas diárias.

Desenho original e patenteado por: Carolina Chavez Ferone , Carolina é Estudante de engenharia industrial, na Universidade de Diego portales no Chile.

Tratamento com estímulos Elétricos



Estímulos elétricos
Esses pacientes foram submetidos a um estímulo elétrico neuromuscular desenvolvido pelos pesquisadores da USP. Foram mais de dez anos de estudos até chegar a conclusão de que impulsos elétricos de baixa intensidade gerados por estes eletrodos ajudam os pacientes a recuperar os movimentos. “Entra pela superfície da pele, vai até a região da medula conhecida como arco-reflexo, a informação volta e quando chega na interface nervo-músculo libera acetilcolina, o que gera contração necessária”, explicou Alberto Cliquet Júnior, responsável pela pesquisa.

Entretanto, o estudo mostrou que os pacientes não precisam mais passar por uma cirurgia para inserir os eletrodos no corpo. Basta que o dispositivo seja colocado sobre a pele para estimular o sistema nervoso. Dessa maneira diminuem os riscos de infecção e de quebra dos fios do equipamento. “Esses microestimuladores injetáveis migravam para qualquer lugar do corpo humano, na circulação, e não tinha como retirá-los”, comentou o estudioso.
Estudo da USP São Carlos ajuda tetraplégicos a recuperar parte dos movimentos (Foto: Vanderlei Duarte/EPTV)Estudo da USP ajuda tetraplégicos a recuperar
movimentos (Foto: Vanderlei Duarte/EPTV)
Caminhada artificial
Pacientes voluntários passaram pelo processo no Hospital de Clínicas da Unicamp e 90% já conseguem ficar em pé e andam artificialmente. Outros 3% conseguiram mexer partes afetadas sem o estimulo elétrico. “Fundamentalmente a gente aprende por treinamento, então repetição da marcha várias vezes por semana, o sistema nervoso reaprende e esse paciente volta a andar, inicialmente involuntariamente e depois voluntariamente”, afirmou Cliquet Júnior.

Há ainda outros benefícios e o ato de ficar em pé e caminhar mesmo que por meio do equipamento ajuda a melhorar várias funções. “Alguns pacientes têm retorno de sensibilidade, melhoram a osteoporose, o que muito pacientes têm”, fisioterapeuta Eliza Azevedo.

Rodolfo Renato Cani sofreu um acidente de moto em 2006 e fraturou a coluna. São sete anos de tratamento e hoje é atleta e já consegue mover as pernas. “Como é a longo prazo, temos que nos cuidar e manter tudo em forma, a musculatura, não deixar os tendões atrofiarem, para a podermos andar normalmente”, disse.

O tempo da resposta ao tratamento varia de paciente para paciente, mas, em geral, os resultados demoram de dezesseis a vinte semanas para aparecer. Os pesquisadores têm interesse em expandir o atendimento para outros hospitais da rede pública, mas ainda não há previsão para isso
Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos (SP), ajuda na recuperação dos movimentos das partes do corpo de tetraplégicos. O estudo está sendo aplicado em pacientes no Hospital de Clínicas da Universidade de Campinas (Unicamp). Segundo os pesquisadores, é a primeira vez que os impulsos elétricos conseguem recuperar o movimento dos membros sem cirurgia, apenas com eletrodos colocados na pele.

O aposentado Marcelo Faria é tetraplégico e conta com a ajuda de quatro especialistas para fazer exercícios que possam ajudá-lo a reaprender a andar. O tratamento já dura seis anos. “Agora consigo me alimentar sozinho, escovar os dentes, até cantar, porque a respiração melhorou muito”, contou.
Quando ficou tetraplégico, o também aposentado Alexandre Fernandes não conseguia se mexer do ombro para baixo e não imaginava que voltaria a fazer movimentos, até começar o tratamento, há um ano, e melhorou o movimento dos braços. “Os espasmos diminuíram e o movimento dos braços aumentou bastante”, afirmou.

Cadeirante de 19 Anos fisga peixe de 50kg

Complicações após injeção para exame fizeram Logan Prickett cadeirante.
Vara de pescar elétrica o ajudou a tirar peixe de cerca de 2 metros da água.


Com a ajuda de uma vara de pescar elétrica, um cadeirante de 19 anos conseguiu pescar neste fim de semana um grande peixe-espada de quase 50 kg durante uma pescaria no mar de Florida Keys, nos EUA.
Imagens da pescaria realizada no sábado (31) divulgadas neste domingo (1º) mostram Logan Prickett segurando o peixão de cerca de 2 metros de comprimento com a ajuda de dois amigos, Colby Mason e Nick Stanczyk, capitão do barco de pesca.
Prickett, que vive na cidade de Montgomery, no Alabama, se tornou cadeirante depois de uma série de complicações causadas pela reação quase fatal que ele teve a um corante de contraste intravenoso para exame de ressonância magnética em setembro de 2008, para examinar sua glândula pituitária.
A viagem com sua família para Islamorada, na Flórida, foi um presente após ele se formar no colégio.
Antes de pegar o peixão, Logan é visto usando a vara elétrica que o ajudou na pescaria (Foto: Hunter Mills/Florida Keys News Bureau/AP)Fonte: G1

Tecnologia ajuda a criar novos aparelhos para pessoas deficientes


Equipamentos desenvolvidos por pesquisadores independentes em feira de SP tentam atrair indústrias para serem fabricados em larga escala, mas preços elevados ainda tornam mercado inacessível para muitos.


Quase 46 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência. Para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, pesquisadores apresentaram as novidades do setor em uma feira em São Paulo.
Tanta simpatia só para os carros de quem tem deficiência. O sensor no chão de um estacionamento reconhece o dispositivo eletrônico instalado no veículo e libera a entrada.Os outros motoristas são denunciados.
“Esta vaga é exclusiva, estacione em outra vaga”, diz a gravação.
“Ninguém gosta de pagar um mico em público. Então na hora ele já vai ser constrangido e vai deixar a vaga aberta”, comenta o empresário Sérgio Yamawaki.
Para o aluno que não vê, a ilustração de uma aula de biologia é substituída pelo tato. No exemplo, a menor parte do corpo humano, a célula. O deficiente visual lê em braile as explicações enquanto com a outra mão sente a forma do que ele não consegue ver nos livros.
Um mouse funciona como um guia para o deficiente visual ler o que está na tela do computador. Quando o cursor se movimenta, automaticamente, letras e números são transformados em pontos no sistema braile, no próprio mouse.
O mouse portátil é conectado ao computador por uma rede sem fio.
“Eu tenho condição de perceber a escrita, a grafia, e isso é fundamental e nos ajuda na preservação do braile, proporciona nossa inclusão”, diz o professor Davi Farias Costa.
Em uma feira de reabilitação, equipamentos desenvolvidos por universidades e pesquisadores independentes tentam atrair indústrias para serem fabricados em larga escala. É só um dos desafios do mercado de produtos para pessoas com deficiência, que continuam inacessíveis para muita gente.
Uma perna mecânica para praticar esportes impressiona, mas custa R$ 15 mil. Uma mão biônica sai por R$ 120 mil. Tem gente que não sai de casa porque não consegue comprar equipamentos bem mais simples.
Cid Torquato tem condições, mas foi buscar na Alemanha uma cadeira computadorizada. Diz que pagou o equivalente a R$ 50 mil, R$ 20 mil a menos do que custa no mercado brasileiro.
“Poucos produtos, caros, tecnologias ultrapassadas. Nós estamos muito defasados com o que está acontecendo no resto do mundo”, revela o advogado.
Preocupada com qualidade, a Associação dos Fabricantes acaba de lançar um selo. Para reduzir o preço, o governo federal zerou os impostos que incidem na venda e na importação, mas os fabricantes querem menos tributos também nas matérias-primas. Dizem que assim, o preço da cadeira de rodas, por exemplo, poderia cair cerca de 30%.
“O custo do produto nacional ainda é elevado para o consumidor em função ainda do custo Brasil”, aponta o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Deficientes (Abridef), Gino Salvador.
De uma tese de mestrado surgiu um triciclo elétrico de baixo custo, um guidão com bateria que se adapta à cadeira de rodas. O maior apelo do equipamento, que ainda é um protótipo, é o raro gostinho de liberdade.
“Cada passo desse é um avanço gigantesco, porque atrás de uma ideia vem outra e outra melhor e abre mais o leque. Enfim, é um avanço, um grande avanço”, conclui o fotógrafo Nivaldo Alves.

Invensao robotica para ajuda Tetraplegicos

 
Pesquisadores brasileiros desenvolveram um sistema híbrido para membros superiores (braço, antebraço e mãos) que auxilia as atividades motoras de pessoas tetraplégicas.

O equipamento permite que o paciente alcance objetos distantes do corpo por comandos de voz. O trabalho foi feito na Escola de Engenharia de São Carlos, da USP.

Exoesqueleto
Renato Varoto, responsável pela pesquisa, explica que o diferencial deste sistema foi a combinação de técnicas utilizadas.

"A técnica mecânica, que inclui a órtese e que possibilita movimentos de flexão e extensão do cotovelo; e uma técnica não convencional, que é a estimulação elétrica neuromuscular, que possibilita os movimentos da mão," diz Varoto.

O protótipo é constituído de uma órtese dinâmica para cotovelo, que funciona como um exoesqueleto, eletrodos de superfície que vão nas mãos e uma luva que contém sensores para indicar ao paciente a força aplicada.

Comando de voz
Todas as partes mecânicas e eletrônicas do equipamento são comandadas por voz.

"Com o comando de voz, cinco palavras são gravadas de acordo com o gosto do paciente: uma para estender o braço, uma para a flexão do cotovelo, uma para parar o movimento, uma para pegar o objeto e uma para soltar o objeto. Se for preciso, é possível controlar o nível de estimulação para o movimento da mão e a velocidade da órtese do cotovelo, cada uma com duas palavras", descreve Varoto.

Segundo o pesquisador, o sistema é indicado para tetraplégicos que possuem movimentos somente do pescoço e do ombro. Desse modo, o comando de voz é essencial para que os tetraplégicos realizem os movimentos voluntariamente.

Braço robótico para tetraplégicos
O braço robótico criado por Varoto foi testado em 15 pacientes do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em março e abril deste ano.

O pesquisador ressalta que "o que chama a atenção é o auxílio que o sistema pode trazer aos tetraplégicos".

Nos testes clínicos, os pacientes conseguiram exercer de forma autônoma atividades como beber água e se alimentar. "São atividades simples para nós, mas para os pacientes, que perderam quase todos os movimentos do corpo, traz uma grande satisfação a esperança de poder fazê-las", diz Varoto.

Fisioterapia com robô
O pesquisador pretende continuar as aplicações com os pacientes. O próximo passo será aplicar uma terapia assistida por robô. Nessa terapia, o paciente faz uma série de movimentos repetitivos com o sistema, com a diferença de que, em vez de ser um fisioterapeuta que o auxilia nas atividades, é um robô que exerce essa função.

O objetivo da terapia é tentar fazer o tetraplégico ganhar movimentos naturais com um método artificial.

Varoto explica como isso pode acontecer pelo conceito de neuroplasticidade: "Quando um paciente apresenta paralisia e começa a fazer movimentos repetitivos com a ajuda de aparelhos, ele pode reaprender, ainda que não totalmente, alguns movimentos. O que pode acontecer em termos biológicos é que há um rearranjo dos neurônios no sistema nervoso central."

O pesquisador ressalva que ainda há alguns aspectos do sistema que precisam ser aperfeiçoados: "O sistema pode ser mais leve e pode melhorar esteticamente. Quanto mais atender as expectativas do paciente melhor".

 

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