Cadeiras de rodas motorizadas, que podem levar mais conforto e
mobilidade para pessoas com deficiência física severa, passam agora a
ser oferecidas para usuários do SUS (Sistema Único de Saúde).
A medida está dentro de um investimento de R$ 205,2 milhões lançado hoje
pelo Ministério da Saúde que envolve também a inauguração de 29 centros
de reabilitação, oficinas de produção de órteses e próteses e
distribuição de equipamentos para quem tenha algum comprometimento
físico ou sensorial.
O recurso sai de parte do programa federal "Viver sem Limites", que
planeja investir R$ 7,6 bilhões, até 2014, em inclusão e acessibilidade
com ações em áreas diversas como saúde, moradia, educação e assistência
social.
Atualmente, as cadeiras de rodas oferecidas pela SUS não atendem
adequadamente à demanda de quem precisa se locomover com elas. São
pesadas, pouco resistentes, não são feitas sob medida e não permitem
autonomia.
A promessa anunciada hoje é que seis modelos novos vão estar disponíveis
para os cadeirantes dentro de seis meses. Entre elas, a cadeira
motorizada --que pode ser movida por controle remoto, pelo queixo ou
boca-- e as cadeiras monobloco, mais leves e práticas.
"Será um ganho enorme. Nenhuma pessoa com deficiência consegue usar
aquelas cadeiras de hospital do SUS. Esses produtos costumam ser muito
caros e muita gente que precisa fica sem acesso", afirma o estudante
Leandro Ribeiro da Silva, que usa cadeira motorizada.
De acordo com Leandro, a medida "pode representar grandes conquistas na
vida de uma pessoa com deficiência. Mas, agora, é preciso saber se vai
haver muita burocracia para conseguir as cadeiras e se vão mesmo
entregá-las a quem precisa."
As regras de distribuição do material ainda não foram divulgadas.
Segundo o Ministério da Saúde, também dentro de seis meses, crianças e
adolescentes de 5 a 17 anos, com alguns tipos de deficiências auditivas,
matriculadas em escolas públicas, passam a ter direito de receber do
SUS um equipamento que auxilia a ouvir a voz dos professores durante as
aulas.
PEZINHO
O investimento foi anunciado hoje em Taguatinga (DF) pelo ministro
Alexandre Padilha (Saúde), que cobrou mais atitude social pela inclusão.
"O Sistema Único de Saúde está se organizando para que as pessoas com
deficiência não tenham limitações. Quem impõe limites a esses
brasileiros é a sociedade que não se organiza."
Segundo o ministro, também vai haver liberação de recursos para
qualificação de atendimento de pessoas com deficiência em centros
odontológicos públicos e transporte acessível exclusivo para condução de
pacientes para centros de reabilitação.
Os recém-nascidos também foram incluídos nas medidas anunciadas hoje com
maior alcance na rede pública para o chamado "teste do pezinho", que
identifica doenças como o hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria,
doença falciforme e fibrose cística.
SUS vai oferecer cadeiras motorizadas para pessoas com deficiência
Escrito por Tetraplegicos
Um blog que discutirá sobre um assunto que encontra-se esquecido por grande parte da sociedade, "DEFICIENCIA"